quarta-feira, 15 de setembro de 2010

MOVIMENTO ESTUDANTIL

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A origem, a natureza, as causas e a marca da crise do movimento estudantil, e o caminho de sua superação.

1. Existe uma crise do movimento estudantil. No entanto, essa crise do ME não é própria ou específica do ME, e sim expressão/sintoma de uma crise maior, que é a crise do socialismo e das perspectivas históricas, própria do movimento histórico atual, e que envolve tanto elementos econômicos e materiais, como elementos culturais e ideológicos. Trata-se, portanto, de uma crise profunda e grave, que é uma crise de uma época, e que afeta toda uma geração. O que há, isso sim, são fatores específicos do ME que contribuem para agravar a crise no ME – como, por exemplo, a alta rotatividade geracional. No entanto, do mesmo modo, há outros fatores específicos do ME que contribuem para atenuar a crise – como, por exemplo, a liberação de uma parcela significativa de seus atores do tempo, que não é dedicado ao trabalho. É necessário identificar estes fatores, para compreender a crise no ME. Essa compreensão requer um estudo profundo e minucioso.

2. As variáveis que contribuem para a crise no ME são de natureza estrutural e conjuntural. São fatores estruturais que contribuem para a crise: dependência do estudante em relação à família; alta rotatividade geracional; dificuldade cada vez maior de inserção no mercado de trabalho e redução das perspectivas de ascensão social através da universidade; fragmentação da experiência universitária (entre universidades públicas e privadas, cursos técnicos e cursos de humanidades, e assim por diante); etc. São fatores conjunturais que contribuem para a crise: o descenso das lutas de massas na sociedade; a ausência de projeto na esquerda e de referências ideológicas que dêem sentido e unifiquem a experiência política da juventude universitária; o recrudescimento do autoritarismo das instâncias de poder na universidade; o fortalecimento na crença de que a formação profissional é suficiente para garantir uma atuação progressista na sociedade; etc.

3. Portanto, as causas da crise não residem na presença de partidos no movimento. Essa é uma abordagem moralista do problema. É certo que, no geral, os partidos têm sido incapazes de lidar com as condições objetivas e subjetivas do ME e sobre elas organizarem uma intervenção criativa e construtiva. Ao contrário, no geral a sua práxis tem sido descolada da realidade e provocam o afastamento da maioria dos estudantes, que não se adaptam à lógica do ME. O que evidencia uma de analisar corretamente o território em que atuam (a universidade e o estudante) e a conjuntura. Por isso, os partidos têm a sua parcela de responsabilidade sobre a crise. No entanto, a despeito disso, não é correto dizer que a causa da crise seja a presença de partidos no movimento. Até porque não são apenas os sujeitos organizados em partidos que atuam da forma como descrevemos. No geral, os “independentes” também, inclusive aqueles/as mais sectários com os partidos. E, tanto num caso como no outro, não se trata de má-fé. O fato é que estes atores não são imunes à crise da qual falamos. Portanto, identificar nos partidos a causa da crise é um equivoco, e implica em não identificar as verdadeiras raízes da crise. Por isso tudo, é preciso combater o senso comum que identifica os partidos (do campo popular) como inimigos. Isso não significa ser complacente com sua práxis quando esta é marcada por desvios. Significa ter uma postura não sectária e não moralista de combate a essa práxis. Até porque, o melhor combate a uma práxis marcada por desvios é fazer diferente, afirmar um projeto, uma práxis marcada por valores militantes.

4. A causa da crise no ME são, portanto, as condições objetivas e subjetivas, estruturais e conjunturais, extremamente adversas do ME. Nestes termos, não existe propriamente uma causa para a crise do ME, no sentido de que não há relação mecânica de causa e efeito que explique a crise. Há um conjunto enorme de variáveis que confluem para a existência da crise, formando um ciclo vicioso: as condições objetivas e subjetivas profundamente adversas produzem a crise; a crise bloqueia a superação das condições adversas pelos sujeitos sociais que intervêm no movimento; disso resulta que as condições permanecem adversas, isso quando não se tornam ainda mais adversas, mantendo ou agravando a situação de crise; e assim sucessivamente. Vista deste modo, a questão se coloca de outra maneira: não se trata mais de procurar essa ou aquela causa para a crise, mas de explorar as condições de uma maneira tal que se possa quebrar o ciclo vicioso e inaugurar um ciclo virtuoso no movimento. Por se tratar de um ciclo vicioso, a solução não está aqui ou ali, nessa ou naquela medida, decisão, ação, mas sim num processo. Há solução, mas não há uma solução mágica, fácil e de curto prazo. A solução é gradual: é um acumulo de forças que vai aos poucos, com passos certos e consistentes, quebrando o ciclo vicioso e inaugurando um ciclo virtuoso.

5. A marca da crise no ME é o fenômeno de explosões em torno de pautas pontuais e corporativas, que garantem uma coesão circunstancial e efêmera do movimento, e não mais do que isso. Desde muito tempo, vemos explosões serem sucedidas por apatia e desmobilização. Agora inclusive, após as mobilizações de 2007, o que se sucedeu foi apatia e desmobilização. Não houve coesão real no ME, muito menos acumulo. E há tempos não tem havido. Portanto, apesar de ainda possuir um status positivo no imaginário da sociedade, o fato é que o movimento estudantil não tem feito diferença na luta de classes!

6. Desde a abertura política, no final da década de 70, quando se inicia a crise do ME, os estudantes têm dado respostas espontâneas à crise, de modo que hoje vemos uma diversidade enorme de formas de sociabilidade estudantil: grupos de extensão, coletivos de relação com os movimentos sociais, atléticas, empresas juniores, cursinhos populares etc. Se nem todas essas experiências são movimento estudantil, todas são formas de organização estudantil, que organizam a formação e a visão de mundo do estudante e sua práxis – independente da natureza dessa práxis e dos interesses aos quais ela está vinculada – e que, em maior ou menor grau, competem com a concepção e prática mais “tradicional” de ME, organizado em entidades e assembléias. No próprio “movimento de área” (Federações, Executivas e Associações Nacionais) há situações e experiências diferenciadas de sociabilidade estudantil, que nem sempre estão em plena sintonia com este ME “tradicional”, e que produzem uma forte coesão e identidade de grupo, mais permanente e consistente, talvez por tocar mais fundo no papel do conhecimento daquela área específica. Enfim, há uma diversidade enorme de experiências e situações. Se, por um lado, toda essa diversidade reflete um potencial, por outro lado ela também é sintoma de uma situação de fragmentação que, ao cabo, contribui para a crise no ME. Não se trata de fazer um juízo de valor – se essa situação é boa ou má – mas sim de constatar um fato e de identificar nele elementos que possam contribuir para a superação da crise no ME. Nesse sentido, é preciso constatar que não há saída para a crise do ME que não passe pela capacidade de unificar não toda essa diversidade, o que seria ecletismo, mas todo um conjunto de experiências que tem um potencial de contestação, de luta e de organização, e que hoje se encontram fragmentados.

8. Embora a crise do ME não se resuma à crise da esquerda – entendendo “crise da esquerda” como a crise da capacidade de intervir na realidade na perspectiva do socialismo –, a superação daquela depende da superação desta, uma vez que é somente com a ação organizada e consciente da esquerda sobre a conjuntura que a crise será superada, e que isso depende de a esquerda assumir para si essa tarefa, o que pressupõe que a esquerda tenha a capacidade de passar de sujeito passivo diante das adversidades da conjuntura, que sofre com o impacto dessas adversidades sobre si própria, para tornar-se sujeito ativo diante dessas adversidades, que as combate e que contribui para a sua superação. Ao ME, cabe dar a sua contribuição para a superação da crise da esquerda: a começar, enxergando a sua própria crise como uma crise da esquerda; lidando com ela como essencialmente uma crise da esquerda; e tomando parte na sua própria crise como uma crise da esquerda. Isso significa: identificar os principais desafios políticos e organizativos para os quais precisa dar resposta e cumprir as tarefas que conduzirão a isto. Agindo assim, o ME dará a sua contribuição para a superação da crise da esquerda.

Os desafios políticos e organizativos do movimento estudantil.

1. O desafio do conhecimento do território em que atuamos. É necessário conhecermos o território em que atuamos, ou seja, o estudante e a universidade. Devemos começar pelo estudo de quem somos nós mesmos, os sujeitos que almejamos tocar e organizar: Quem são os estudantes? Qual é a sua origem? Quais são seus valores, suas expectativas, suas atitudes? Qual é a sua vivência, sua práxis? Como tocá-lo/a para que se engaje na luta de classes do lado da classe trabalhadora? Ao mesmo tempo: Qual é o papel da universidade na sociedade? Em que aspectos ela é funcional à ordem burguesa? Como opera esta funcionalidade? Quais são as mudanças que a educação superior tem sofrido? Qual é o sentido dessas mudanças visto da perspectiva da luta de classes? Quais são as contradições da universidade que o movimento estudantil pode aproveitar? Quais são as diferenças e as semelhanças entre as universidades estaduais paulistas e a universidade pública no restante do país? E assim por diante. O movimento estudantil se debruça pouco em investigar o território em que atua, e quando o faz, ao invés de efetivamente conhecer o território, muitas vezes acaba reproduzindo lugares comuns sem nexo com a realidade. O conhecimento do território através do estudo e da prática deve ser encarado como um desafio a ser superado.

2. O desafio da formação política e ideológica. A formação deve ser entendida como práxis, isto é, como formação teórica e prática. A formação teórica sem a formação prática é academicismo. A formação prática sem a formação teórica é ativismo. Tanto num caso como noutro, não se rompe com a apatia e não se vai além de uma coesão efêmera e circunstancial. O ME dá pouca atenção para a formação, tanto no aspecto teórico, que praticamente inexiste, como no aspecto prático. Nesse quesito, devemos constatar que, no geral, a prática do movimento muitas vezes contribui mais para deformar do que formar, ou seja, contribui para fortalecer desvios de conduta e de leitura da realidade. É necessário criar, garantir e priorizar a formação política e ideológica, que não pode ser dissociada da prática. Isso significa dizer que a formação deve se referenciar na ação e sempre ser ajustada à ação, mas também que a ação deve sempre ser vista como experiência e situação de formação. Ou seja, numa mobilização, tão importante quanto “o que vamos conseguir” é “que tipo de pessoa vamos formar”. A formação de um tipo de pessoa é condicionada pelo método e pelo conteúdo da prática. Tudo é formação – inclusive as relações pessoais – e deve ser encarado como tal.

3. O desafio da conduta militante. Há um texto específico sobre este desafio.

4. O desafio do trabalho de base e da massificação. O movimento estudantil tem uma enorme dificuldade de formar e organizar sua base – entendida como estudantes que não se situam em posição de linha de frente, o que, diferentemente do movimento sindical, na prática é bastante variável. Essa dificuldade aparece aqui também como um ciclo vicioso: de um lado, há uma apatia da base diante do engajamento dos engajados; de outro, há uma apatia dos engajados diante da apatia da base. Apatia por apatia, uma alimenta a outra. Em face desta dificuldade, é muito comum vermos o movimento cair em duas linhas de pensamento e de intervenção que na prática são a negação do trabalho de base: ou no desprezo pelo trabalho de base, identificando nos estudantes uma massa alienada e sem potencial algum de contestação e engajamento; ou no equivoco contrário, que a busca por ter base ou agradar a base a qualquer custo, praticamente abrindo mão de intervir política e ideologicamente, assumindo a linha de “fazer o que a base quer”. É preciso superar esse dilema e entender que a força do movimento é proporcional à capacidade de formar, organizar e mobilizar a sua base, e que a fraqueza do movimento deriva, sobretudo, da distância em relação a sua base, distância essa que só alimenta a apatia. Nesse caso, a base vê o movimento de maneira estereotipada: ou como sectário e extremista, ou como eleitoreiro e oportunista, ou como um mero prestador de serviços. Militante não é quem faz discursos radicais, muito menos quem se desdobra para conseguir votos, mas é quem faz trabalho de base. Mesmo que os resultados não apareçam de imediato, a disputa da universidade e da sociedade se dá em todos os espaços, inclusive na discussão na sala de aula, nos projetos de extensão etc. Mas isso não é suficiente. O trabalho de base deve ter como horizonte concreto a massificação do movimento. Quando falamos de “horizonte concreto”, queremos deixar claro que a massificação não é um pressuposto – e, portanto, não deve se dar a qualquer custo –, mas também não pode se resumir a uma utopia irrealizável, diante do qual a única postura é a resignação: “seria o ideal... mas não vamos conseguir”. A massificação deve ser vista como um desafio. Ela é um processo, marcado pela organização e pela formação política e ideológica, e que depende do trabalho de base organizado.

5. O desafio da opção de classe nas lutas e nas alianças. Quando dizemos que o movimento estudantil não tem feito diferença na luta de classes, não estamos apenas constatando o fato de que o ME não se alia à classe trabalhadora e não se engaja nas lutas travadas pelas organizações da classe. Há outro aspecto contido nessa afirmação: que as lutas que o ME trava na universidade em torno de questões específicas da universidade não tem feito (ou tem feito pouquíssima) diferença na luta de classes. O que é estratégico na universidade do ponto de vista da dominação de classe? Essa é uma questão para o qual o ME não dá atenção, e o que se sucede é que as pautas sindicais e corporativas tomam muitas vezes todo o tempo e energia do movimento. Embora a luta em torno dessas pautas tenha a sua importância, essa luta é extremamente limitada. A começar pelo risco de assumirem um caráter conservador: vide a posição confusa diante da ampliação do acesso (muitas vezes o ME colocou-se contra a ampliação de vagas), ou da questão da “qualidade” (A USP tem muita qualidade, mas o ensino e a pesquisa que se faz na USP servem a que interesses? Queremos uma educação de qualidade, simplesmente?). Na medida em que se voltar para a pergunta “o que faz diferença na luta de classes?”, o ME dará um salto de qualidade, tanto na ação como na formulação e no discurso. Mas esse salto de qualidade depende também da capacidade de aliar-se à classe trabalhadora e suas organizações. Em relação a este outro aspecto, infelizmente temos de constatar que são raras as organizações do ME que de fato se engajam na construção dessa aliança. E, mesmo nestes casos, a aliança é muito frágil. Para dar resposta ao desafio da opção de classe, o movimento precisa ter um pé dentro e um pé fora da universidade. Só atuar na universidade e pela universidade é um equivoco, pois torna o movimento corporativo. Mas é também um equivoco desprezar a luta dentro da universidade. A síntese dessa comunhão, que expressa a opção de classe do ME, é a luta por uma universidade popular (ou uma Reforma Universitária Popular), que tem um lugar estratégico na luta contra-hegemônica e na construção do socialismo. Não podemos poupar esforços em inviabilizar o projeto do capital e garantir conquistas para o povo no campo da educação superior. Para tanto, devemos aprofundar na práxis nosso caráter de ME com opção de classe, a começar pela formulação, em aliança com a classe trabalhadora, de um programa de Reforma Universitária Popular, com propostas concretas, que alimente o poder popular na e pela universidade, e que sirva de ferramenta para a luta ideológica e para as mobilizações dentro e fora da universidade.

6. O desafio da unidade, da organicidade e da democracia interna. O movimento estudantil não é uma organização. Nele há organizações, partidos, tendências, correntes – os ditos “independentes” muitas vezes atuam como uma corrente – que não raras vezes fazem uma dura luta interna e transformam o movimento estudantil num palco de disputas fratricidas que não levam a lugar nenhum. Essa luta interna, tão recorrente, sempre vem acompanhada de uma anticonduta política, marcada por um sectarismo cego, em que se identifica o/a companheiro/a ao lado como inimigo/a, isso quando não se identifica nele o inimigo. Tudo isso mina a unidade do movimento e, conseqüentemente, seu potencial de lutas e vitórias, mesmo sob as situações de explosão e grande mobilização. Quando falamos de unidade, que fique claro que não estamos falando de unidade a qualquer custo. A unidade vem da organicidade, ou seja, da confiança, da disciplina, da sintonia fina de militantes e organizações entre si – o que não quer dizer pensamento único, pois é natural que militantes e organizações divirjam, mas que a divergência e a autoconstrução tenham o seu lugar e não se sobreponham à unidade do movimento. No entanto, é necessário constatar que, mesmo sofrendo derrotas sucessivas, as correntes e os militantes no geral continuam colocando a sua autoconstrução acima da construção do movimento. O que só pode indicar o prevalecimento, no movimento estudantil, entre as organizações que dele participam, de um dos desvios mais nocivos: a autoproclamação! A autoproclamação é um tipo de dogmatismo que impede o exercício da crítica e da autocrítica e a superação das próprias deficiências. A autoproclamação também é uma das motivações que conduz ao desprezo pelo trabalho de base, pois a base é vista como objeto, não como sujeito. E, quando se despreza a base, a falta de preocupação com a democracia interna no movimento é um passo, pois a democracia interna é essencialmente a situação em que a base é permanentemente informada e convidada a participar das discussões e decisões. Assim, democracia interna, organicidade e unidade são elementos que se alimentam mutuamente, num ciclo virtuoso: a confiança garante a unidade e a democracia interna; a unidade garante a confiança e a democracia interna; a democracia interna garante a unidade e a confiança. Quando um destes elementos falha, entra-se num ciclo vicioso de luta interna e esvaziamento, em que um alimenta o outro. Nesse caso, o movimento precisa ser corrigido, caso contrário será incapaz de dar resposta aos desafios que a luta de classes na atual conjuntura lhe impõe.

Nossas tarefas

1. Participar do movimento estudantil. A abstenção de atuar no movimento estudantil, se por um lado é compreensível, dada a situação atual do ME, por outro lado é uma postura que, ao cabo, contribui para a manutenção deste quadro. A tarefa número um, portanto, é participar, estar presente, mesmo nos ambientes e momentos mais adversos, para acompanhar. O militante deve ser uma postura de educador: formar e organizar. Para tanto, o discurso não é suficiente. Ela/e precisa, sobretudo, estar presente e dar o exemplo.

2. Tomar os desafios como tarefas para nós mesmos: formação, unidade, organicidade, democracia interna, conduta militante. De nada adianta constatarmos quais são os desafios do movimento, pregarmos a necessidade de o ME enfrentar os desafios, se nós mesmos não os encaramos. Até porque, a melhor forma de convencer o ME a encarar estes desafios é através do exemplo prático: nós mesmos, na nossa prática, encarando-os no nosso cotidiano.

3. Combater – de uma maneira não sectária e não moralista – a autoproclamação e a incapacidade de autocrítica, a começar pela incapacidade de enxergar a crise do movimento e seus desafios. Isso significa que o combate deve se dar, sobretudo, pelo exemplo e pela afirmativa de um projeto, muito mais do que pela negativa pura e simplesmente da conduta e visão alheias. Na atual conjuntura, devemos desconstruir a falsa propaganda de que há um processo em curso de “reorganização” do ME: afinal, o ME não avançou em relação a nenhum dos desafios.

4. Ocupar todos os espaços possíveis para pautar os desafios. Ajudar a tornar os desafios uma pauta permanente do movimento estudantil. E aprofundar entre nós e no ME o debate sobre estratégia e tática e avançar no exercício da análise de conjuntura, tanto a conjuntura geral como a conjuntura do território onde atuamos, e ajudar a fazer com que ambos – debate sobre estratégia e tática e exercício da análise de conjuntura – sejam algo habitual e pauta permanente do movimento estudantil.

(Contribuição da Comissão Organizadora do III EIV-SP)

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