quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

PLANO NACIONAL DE FORMAÇÃO POLÍTICA


OBJETIVO


O Plano Nacional de Formação Política (PNF) envolve diferentes projetos, das quais a ABEF é ou promotora (direcionados para estudantes de filosofia em específico) ou co-promotora (direcionados para estudantes universitários em geral).

Cada projeto tem as suas especificidades, como se verá adiante. No entanto, a despeito das diferenças, há um sentido comum que une todos os projetos: todos eles visam, em última instância, contribuir para:

- o despertar de consciência dos estudantes sobre as desigualdades e injustiças, a partir de suas causas estruturais;

- incentivar os estudantes ao engajamento social e político em conjunto com a classe trabalhadora, mesmo após terem se formado. Ao cumprir estes objetivos, estaremos contribuindo para transformar o próprio estudo da filosofia, hoje profundamente técnico e acadêmico, na perspectiva de fazer da filosofia um instrumento de exercício de critica social, capaz de desmascarar os discursos que velam a realidade para justificar as opressões sociais e a ordem estabelecida.

PROGRAMAS

· Seminários “Caminhos da emancipação popular” (observatório da conjuntura);
· Estágio Interdisciplinar de Vivência com Movimento Sociais Populares do Campo e da Cidade;
· Estágio de Vivência em Educação Popular nos Movimentos Sociais do Campo e da Cidade;
· Programa de Intercâmbio Político-cultural na Realidade dos Movimentos Sociais na América Latina, América Central e Caribe.


Seminários “Caminhos da emancipação
popular” (Observatório da Conjuntura)

A proposta é que os Seminários sejam reuniões pequenas, freqüentes, de curta duração (por exemplo, 4 horas), com divulgação dirigida, no qual se debate um tema de conjuntura a partir da apresentação de um (a) convidado (a), que pode ser um dirigente de movimento social ou organização popular, um professor universitário, um pós-graduando etc.

Assim sendo, os Seminários não deve assumir o formato de “evento”, com inscrições, crachá, certificado, ampla divulgação etc. Não é essa a proposta. O importante não é o tamanho ou a magnitude. O importante aqui é:

a) Garantir a freqüência do máximo possível de estudantes de filosofia e a preparação dos Seminários através de textos selecionados e divulgados previamente;

b) Garantir a qualidade da apresentação e do debate, através da escolha do (a) convidado (a), e a sintonia da apresentação com os objetivos gerais do PNF e os objetivos específicos do Programa; c) Garantir a periodicidade dos Seminários (a definir pela gestão local, mas de preferência mensal ou no máximo bimestral);

Os temas seriam: política, economia, educação, cultura, meio ambiente, energia, comunicação social, gênero, etnia, sexualidade, ciência e tecnologia, direitos humanos, esporte, questão agrária, questão urbana, saúde, justiça e trabalho. Todos os temas podem ser tratados em âmbito estadual, nacional ou internacional.

Objetivos específicos

a) Despertar o interesse pelas questões relativas à conjuntura e o hábito de discuti-las cotidianamente;

b) Desmistificar teses e ideologias referentes às questões de conjuntura construídas através da mídia e do senso comum;

c) Desmistificar a abordagem construída através da mídia e do senso comum sobre a abordagem dessas questões pelos movimentos sociais e organizações populares.

Público-alvo
a) Estudantes de filosofia em geral;

b) Outros, a depender em particular do leque de parceiros.

Âmbito de organização
Local (por universidade ou cidade).

Gestão
Local, com acompanhamento nacional.

Parceiros
A definir pela gestão local (é desejável que haja parceiros locais, desde que não deixe de ter como público-alvo prioritário os estudantes de filosofia e desde que se mantenha fiel à caracterização e objetivos da proposta).

Início
De acordo com o calendário local. Período Duração indeterminada.


Estágio Interdisciplinar de Vivência em Áreas de
Reforma Agrária e de Atingidos por Barragens (EIV)

O EIV surgiu em 1989, e hoje já ocorre em diversos Estados, sendo construído em conjunto por entidades estudantis, grupos de extensão e os movimentos da Via Campesina. A maior parte dos Estágios é construída entre março e dezembro, através de reuniões mensais, e o Estágio propriamente dito ocorre entre dezembro e fevereiro. Em 2009, durante o IV COBREFIL, realizado em Guarulhos/ SP, a Associação Brasileira dos Estudantes de Filosofia, após debates, deliberou em plenário, discutir, debater e constuir EIV’s em conjunto com os Movimentos Sociais do Campo e da Cidade, na medida em que visa estender um momento de formação política e de vivencia, passando assim a encorporar além do debate e da vivencia em áreas de reforma agraria, introduzindo-se também nas áreas de ocupações urbanas.

A proposta do EIV é dupla. De um lado, colocar os estudantes em contato com a realidade dos movimentos sociais do campo e da cidade (exemplo: acampamentos, assentamentos, ocupações, dentre outros) para assim vivencia-la. De outro lado, iniciar o estudante, através de um curso de formação política, em temas ligados à Reforma Agrária, aos Movimentos Sociais Populares Urbanos e ao Movimento Estudantil, mas em particular com uma metodologia de trabalho, estudo e convivência, caracterizada pela mística e pela simbologia, mas também pela disciplina consciente e pelo espírito de grupo.

Para cumprir esse objetivo, o EIV se divide em 03 fases: 1ª fase – preparação (todos os estudantes ficam concentrados num local, num curso de formação e ao mesmo tempo de preparação para a segunda fase); 2ª fase – vivência (os estudantes vão para as áreas em pequenos grupos, entre 2 e 3 pessoas por área); 3ª fase – retomada (os estudantes retornam das áreas e novamente ficam concentrados num local, onde retomam o curso de formação e fazem a avaliação da vivência). Há variações, mas no geral a 1ª fase dura 05 dias, a 2ª fase dura 10 dias e a 3ª fase dura 5 dias.

Objetivos específicos

a) Desmistificar a imagem que a mídia passa dos movimentos sociais e da realidade dos acampamentos e assentamentos rurais e áreas de ocupações de movimentos sociais urbanos (hábitos, produção etc.);

b) Estreitar os laços entre os estudantes, as entidades estudantis e os movimentos sociais do campo e da cidade;

c) Fortalecer os movimentos sociais do campo, da cidade e o movimento estudantil através do intercâmbio entre ambos.

Público-alvo: Estudantes em geral, mas preferencialmente aqueles em fase inicial do curso;

Âmbito de organização: Atualmente, o EIV é organizado em âmbito estadual (RS, SC/PR, SP, MG, ES, DF e PA) e local (Tangará da Serra / MT, Botucatu / SP, Viçosa / MG, Rio de Janeiro / RJ, Areia / PB). Há projetos piloto sendo discutidos em outros locais.

Gestão:
Por âmbito de organização.

Parceiros:

Entidades estudantis, grupos de extensão e Movimentos sociais da Via Campesina.


Início
: A ABEF atualmente acompanha a construção dos Estágios em SP e MG.

Período: Duração indeterminada.

Estágio de Vivência em Educação Popular nos
Movimentos Sociais do Campo e da Cidade

A proposta é que os estudantes de filosofia atuem como educadores populares em programas de alfabetização de jovens e adultos, sejam eles oficiais ou não, desenvolvidos em áreas dos movimentos sociais do campo e da cidade.

Objetivos específicos
a) Desmistificar a imagem que a mídia passa dos movimentos sociais e da realidade dos acampamentos e assentamentos rurais e ocupações urbanas (hábitos, produção etc.);

b) Contribuir com os movimentos sociais nas tarefas de alfabetização do povo e de “quebra das cercas da ignorância” com vistas a formar cidadãos conscientes de seus direitos.

c) Colocar os estudantes de filosofia em situações nas quais se vejam obrigados a estudar e desenvolver práticas de ensino a partir e em prol da realidade vivenciada, contribuindo dessa forma para a formação de professores de filosofia mais conscientes do papel do educador popular na sociedade e com domínio de metodologias pró-ativas de ensino;

d) Estreitar os laços entre os estudantes e as entidades estudantis e os movimentos sociais do campo e da cidade;

e) Fortalecer os movimentos sociais do campo e o movimento estudantil através do intercâmbio entre ambos.

Público-alvo: Estudantes de filosofia em geral, mas preferencialmente futuros licenciados em filosofia.

Âmbito de organização: Estadual e Local (por universidade ou cidade). Gestão: Estadual e Local, com acompanhamento nacional.

Parceiros: Movimentos Sociais do Campo e da Cidade.

Início: A partir do primeiro semestre de 2010. Se possível, é desejável que haja projetos piloto no segundo semestre de 2009.

Período: Duração indeterminada.

Intercâmbio Político-cultural na Realidade dos Movimentos
Sociais na América Latina, América Central e Caribe

A proposta é proporcionar aos estudantes o contato com a realidade dos movimentos sociais do campo e da cidade da América Latina, América Central e Caribe. Este programa ainda não foi discutido com nenhuma outra organização. Por enquanto, existe apenas como uma idéia.

Objetivos específicos
a) Contribuir para a compreensão da unidade dos problemas sociais na América Latina, América Central e Caribe, desde suas origens históricas, passando pelos mecanismos que os sustentam e mantêm, até os efeitos que exercem sobre o povo;

b) Contribuir para a compreensão das especificidades nacionais nos processos históricos e sociais na região; c) Contribuir para a compreensão da realidade dos movimentos sociais na região, desvendando suas visões, estratégias e táticas, contribuindo assim para a reflexão crítica sobre as ideologias e as formas de luta nos movimentos sociais da região e para a ampliação de seu potencial transformador;

c) Contribuir para o fortalecimento de uma consciência internacionalista das desigualdades e injustiças sociais, a partir da difusão das experiências vivenciadas no movimento estudantil;

d) Estreitar os laços entre os parceiros promotores do programa entre si e para com os movimentos sociais na América Latina, América Central e Caribe;

e) Fortalecer os movimentos sociais na região o movimento estudantil através do intercâmbio entre ambos.

Público-alvo: Estudantes em geral que já passaram por programas de formação política.

Âmbito de organização:
Nacional.

Gestão: Nacional.

Parceiros: A definir. Mas, de início, a proposta é que este programa seja desenvolvido em conjunto com outras entidades estudantis.

Início: A partir do segundo semestre de 2009.

Período: A definir.

Iniciativas Locais

É muito importante criarmos uma cultura de formação política na ABEF – ou seja, entre o conjunto dos CA’s de Filosofia, Coordenações Locais e coletivos de base da ABEF.

Uma cultura de formação política implica que não apenas despejaremos todos os nossos esforços para a concretização do PNF, prioridade da ABEF, mas, sobretudo, que haja iniciativas de formação política em âmbito local.

Por um lado, a Coordenação Nacional deve acompanhar os CA’s, Coordenadores Locais e coletivos de base da ABEF, a fim de incentivar tais iniciativas e de dar suporte, acompanhando a construção de cursos de formação e outras iniciativas em âmbito local. Por outro lado, cabe aos CA’s, Coordenadores Locais e coletivos de base procurar a / cobrar da Coordenação Nacional, ou seja, tomar a iniciativa de fazer acontecer a formação política na ABEF para além dos programas nacionais aqui descritos.

Vale considerar, por fim, que formação política não se resume a cursos de formação. A ornamentação dos espaços é também formação política; A prática da mística é também formação política; O esforço em procurar nos textos de filosofia os compromissos políticos ali estabelecidos é também formação política. Paulo Freire dizia: “ninguém educa ninguém; ninguém se educa sozinho; os homens se educam em comunhão”.

Assim, cabe a nós usarmos de nossa criatividade para, em todos os momentos e em todos os espaços, nos reeducarmos uns aos outros, para ver, pensar e agir de maneira diferente, contra o individualismo e o hedonismo que reinam na sociedade, para nos fazermos sujeitos políticos que de fato contribuem para a promoção da igualdade e da fraternidade entre os seres humanos.

7 comentários:

  1. Bah, isso é Filosofia ou Sociologia? Acordem pra vida a esquerda de hoje é tão imperialista quanto a direita. O que vocês querem? Criar mais um movimento social? Segmentar ainda mais quem não tem força alguma??

    Cadê a Filosofia nisso que vocês fazem? É totalmente inexistente! Vocês simplesmente disseram o que são contra e o que são a favor e intuiram que todos os estudantes de Filosofia do Brasil estão de acordo com essa política! Vocês simplesmente excluíram o papel da Filosofia, seja ela acadêmica ou prática, que é a prática do livre pensar!

    E, por favor, não pensem que sou direitista só porque não concordo com vocês, até porque sou membro de um movimento social! O que me irrita profundamente é o fato que vocês dizem querer fazer uma Filosofia prática e não acadêmica usando uma corrente filosófica que tem mais de um século de vida, sem ao menos se questionar se ela é viável ou não, ou como se poderia adaptar à nossa realidade!

    Sou totalmente contra isso que vocês fazem porque isso não é Filosofia. Tudo que vi até agora foram formas de aplicar políticas populistas já consolidadas e conhecidas. Onde está o pensamento Filosófico? Não precisa ser acadêmico para ser pensamento e não precisa ser prático para ser Filosófico! Até porque os Filósofos de verdade não eram ativistas de movimentos sociais, mas sim pensadores!

    Eu queria saber como vocês podem dizer que falam pelos estudantes de Filosofia do Brasil inteiro? (É uma pergunta séria, não é deboche.) Porque pra mim o que parece é que as pessoas que tomam conta dessa instituição são membros de partidos de esquerda tentando aumentar seu leque de atuação para ter poder. E, sinceramente, isso não tem nada de Filosofia.

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  2. Poxa... Sinzaa... entendo tua crítica, apesar de achar ela um pouco exagerada, e concordo contigo em alguns aspectos, como o de parecer um discurso meio que fora do seu tempo. Porém o que se está propondo aqui é formação política. Para isso, penso, nada melhor que vivência política, que é o que os programa propõe. Esse fim de semana mesmo fiquei sabendo que um amigo participou de um programa como esse, numa escola do MST e tals. Ele disse que foi uma baita experiência.
    Não me parece que esse tipo de atividade irá suplantar o livre pensar, se é que este de fato existe, mas sim que vai dar conteúdo para o debate filosófico, através da vivência política.
    Nenhuma proposta deve ser final. Apesar de parecerem fechadas, as propostas e ideias defendidas aqui certamente estão em constante conflito com outras ideias contrárias. Aí que está a graça do negócio, não?

    hoje eu acordei meio "always look on the bright side of life"... foi mal.

    Abraço, Sinza!

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  3. Hahahaha, tudo bem Milton, eu também me estressei demais com o que eu li. E depois me dei conta que o objetivo deles é se aliar a movimentos sociais e aos trabalhadores e não lutar pelos interesses dos alunos da Filosofia.

    Isso me deixou frustrado, pois política no Brasil é sinônimo de politicagem e, por mais que eu seja a favor de direitos iguais, eu não vejo como dever de uma instituição dos alunos da Filosofia lutar pela política - tem até curso de Ciência Política, não? - enquanto a Filosofia passa talvez pela maior crise da sua história! Academicismo é ruim quando não tem repercussão na sociedade, eu concordo, mas matando o academicismo e criando movimentos sociais tudo o que vai se conseguir é o fim prematuro da Filosofia.

    Sem contar que o programa da ABEF é claramente apoiado em bases que não são aceitas por todos alunos da Filosofia, talvez nem pela maioria. Eu volto ao ponto que um movimento dos estudantes da Filosofia deve se preocupar com o ensino de Filosofia no país e não se os EUA ou Israel são imperialistas!!!!

    E não tenho como concordar com o fato de usarem o nome dos estudantes de Filosofia no Brasil, porque não tem nada de Filosofia no que está sendo feito, mas sim de luta social. Se fossem discutidas idéias para contornar os problemas sociais brasileiros com vistas a aplicar na prática as resoluções obtidas eu seria 100% a favor, mas o que eu vejo são cursos oferecidos por pessoas ligadas a partidos de esquerda para criar militantes. E não tem nada que me enoje mais que partidos políticos.

    O trabalho da Filosofia é fazer pensar, não vomitar ideais prontos!

    Abraço.

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  4. Caro Marcelo, não afirme coisas que não estão escritas nos documentos da ABEF.

    Se você acha que tudo o que aí está não foi discutido, que ingenuidade. Isso tudo é resultado de um acúmulo daqueles estudantes de filosofia que se permitem pensar e agir ao mesmo tempo. Te convido a discutir e participar do MEFIL e contribuir com as tuas colocações de uma maneira democrática.

    Sou da atual gestão e sabemos muito bem das dificuldades que enfrentamos num momento de descenso dos Movimentos Sociais e dessa idéia de que filósofos devem apenas pensar... e não tomar uma posição. Discutimos muito a perspectiva política das diversas linhas de pensamento na filosofia para demonstrar esse equivoco. Mas sabemos bem que as posições da ABEF não contemplam todos os estudantes, esse é o ônus de ter uma posição clara. Mas posso te garantir que todos as formas de pensar são bem vindas nos espaços da ABEF.

    Convcordamos quanto a defesa do ensino de filosofia por pessoas formadas na área, tanto é que a defendemos à vários Congressos e apoiamos a mobilização que ocorre em Minas nesse momento, puxada pelos estudantes da PUC, do ISTA, da UFMG e pelo Sindicato dos Professores de daquele estado.

    Especificamente sobre a representatividade da ABEF, posso te garantir que é compromisso da atual gestão se aproximar da base dos 139 cursos de filosofia do país. É tarefa difícil, mas fundamental que assumimos.

    Arthur Bispo

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  5. Caro Arthur Bispo:
    Me chamo Almir, sou estudante do curso de Licenciatura Plena em Filosofia, da Universidade Metodista de Piracicaba, e gostaria de saber primeiramente onde posso entrar em contato com vocês (sei que esse espaço não é o adequado) e posteriormente saber como posso associar-me e/ou representar o Centro Acadêmico do curso no qual faço parte (vice-diretor). Se preferir, pode me responder pelo e-mail amfmoraes@unimep.br
    Muito obrigado!

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  6. Olá Almir!

    Entramos em contato pelo seu email.

    Abraço.

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  7. Olá a todos, sou do Pará e aqui no estado o movimento em Filsofia tem em muito o que fazer, tenho tentado e pra alegria conseguindo articular com cursos de diversas regiões do estado, tais como Santarém e São Miguel do Guamá, assim Belém é preciso de ajuda, como então articular-me nacionalmente com vocês? Meus contatos são 0419182475100 ou litoggol@yahoo.com.br. No aguardo e vamo tocar política!

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